Eu sempre odiei ficar muito tempo em casa. Ficava irritadíssima se me convidavam para assistir TV em pleno final de semana. Sempre amei comer fora.
E uma simples sexta-feira sem programação em Porto Alegre sempre foi um pesadelo. Várias vezes chorei sentada no sofá porque não tinha nenhum "evento" pra ir e todos meus amigos pareciam estar muito ocupados. E era aí que eu me afundava em barras e barras de chocolates-anti-depressivos. Já cheguei até a conversar com uma psicóloga sobre esse sofrimento desumano da tal sexta-feira em Porto Alegre.
Mas algumas coisas estranhas estão acontecendo... não sei se são sintomas de velhice ou de vida conjugal.
Eis que hoje me encontro em um total estado de alegria. Querem saber por quê?
- É sexta-feira
- Não tenho nada para fazer hoje
- Está chovendo e frio, o que torna minha casa ainda mais aconchegante
- Tem um pão caseiro em cima da mesa, queijo e presunto na geladeira
- Tenho uma pilha de livros e revistas ainda não lidas e que parecem muito atrativas
Agora estou aqui esperando ansiosamente o Adriano chegar para ir até o mercado buscar mantimentos que garantam nossa sobrevivência até segunda-feira SEM PRECISAR SAIR DE CASA. Imaginem que maravilha ficar dois dias sem sair de casa, de pijama, ouvindo o barulhinho da chuva. Mal posso esperar...
E o cara do rádio acabou de dizer "tempo bom Porto Alegre. Amanhã teremos um dia ensolarado". Não sei a qual Porto Alegre ele se refere, porque a minha certamente não é. Estou fazendo dança da chuva pra continuar assim como está. E se tiver trovão, vai ficar ainda melhor. E se terminar a luz... uhu! será ainda mais divertido porque nem os "bum! Ah! Arrrr" do videogame do meu esposo vou ter que ouvir.
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